A vida nas grandes cidades vai mudar mais ainda no pós-pandemia. Você está preparado para o novo normal?
A plataforma A Vida no Centro lançou um estudo em setembro, onde mapeou tendências que teriam sido geradas ou aceleradas pela pandemia. Tudo relacionado com o cotidiano das cidades e de seus habitantes, assim como a relação comportamental dos moradores com suas casas.
Por causa do isolamento social, foi possível perceber que o aumento do home office e a adoção de modalidades como o home office híbrido, que mescla o trabalho presencial com o trabalho a distância, é um dos movimentos que mais tendem a continuar no mundo pós-pandemia.
O relatório afirma que descentralização do trabalho também impacta na dinâmica espacial da cidade, já que há maior liberdade de escolha sobre onde morar. Com parte das pessoas deixando de se deslocar diariamente nos horários de pico, há possibilidade de alívio do trânsito.
A pesquisa aponta ainda que o trabalho remoto é um vetor de fortalecimento da vizinhança e do senso de comunidade entre a população, potencializando o comércio local e a reorganização da dinâmica na cidade, com o surgimento das chamadas novas centralidades.
Ou seja, trabalhando em casa, as pessoas geram reflexos que vão desde a mobilidade urbana até o fortalecimento da economia digital. A compra online de itens de supermercados e pratos de restaurantes inflou com a chegada do novo coronavírus e deve continuar crescendo no pós-pandemia.
Nesse pacote de mudanças, envolvendo o home office, as compras online e a redescoberta de novas possibilidades de interação a partir dos meios digitais, as cidades precisarão ser repensadas para absorverem essas transformações. Investindo em adaptações e inovações nos espaços públicos, no sistema de transporte e melhores condições de moradia e saneamento básico.